domingo, 3 de abril de 2011

Olha Só, Veja Bem, Meu Bem

Ontem

De todas, escolhi
A mais louca e vaidosa
A de alma rasgada
Como uma camisa surrada
De tanto que se usa

A que me vem sorrir
Bem gioconda e ruidosa
Reverberando na estrada
Uma pele queimada
Por aquilo que se abusa

Usa, amor
Os amores
Que eu te dou.


Hoje

Dera-te minhas noites
Todas em silêncio
Enquanto me enveredava
Por seu corpo, buscando
Seus vestígios, ó querida!

A cor dos meus olhos
Esqueceste. Promessas,
Colóquios e fundamentação.
Lanço mão, pois, coração
Primor maior da vida

Parti, amor
Para ti a morada
Se tens questão da dor

( ...)

Observação:

Leia-se, então, nunca mais
Mas talvez o mais
Seja só Mais, sem nunca

É pagar para ver!

Ou, talvez, seja mesmo
Livre da hipotética
O algoz do Jamais

Quem vai saber?

Como eu queria dizer que não!

2 comentários:

Anônimo disse...

Ou sim né

Unknown disse...

O tempo dos amantes não é o tempo do relógio, não se pode medir em anos... mas parece que sei lá, acaba quando vc menos espera. Se é que alguém espera que o temo do amor acaba