quarta-feira, 27 de abril de 2011

Os Biltres

Vivemos pela paixão, valorosamente correta ou não, desbitolados do vórtice moral, pensamos, em suma, com o órgão genital. Mas, sem dúvida, não insensíveis, nos males dos mares, deveras aprazíveis.
Ego-aí-estás, por empirismo!
E hoje é incutido, midiático, vende, mas isso transcende qualquer sentença comercial. É súbito, visceral, bate na pele e ferve, entra pelos poros e escreve todo um fado não traçado, destrancado, tortuoso, belamente, de deleite, gozado.
Se as coisas são feitas de sonhos para os tantos outros, nossos sonhos são feitos das coisas, tais, transitórias, carnais; a volúpia da delícia libertina, prazer. Pode até parecer pleonasmo, mas não é.
Para nós, cada adjetivo é único, contumaz, quer seu lugar, perante a(o) musa(o) que hoje a cama aninha.
Somos passarinhos, filhos da injúria, temos de e queremos voar.
Amanhã, ao despertar, deixar-te-ei um bilhete, dizendo não mais voltar.
É o fez dito que vira contra o fez disso meio.
E o mundo é mundão. Novos ais havemos de conquistar.
Ai, que esqueci de trazer "proteção"!




2 comentários:

Mell disse...

Salve, salve Grande Victor!
Adorei...são verdades vãs, meu caro. Representa a crueza e a sinceridade do nosso dia-a-dia.

Obrigada pela bela homenagem!
Muito boa: "Ai, que esqueci de trazer 'proteção'!"

kkkkkkkkkkkk

Anônimo disse...

os libertinos rs