terça-feira, 24 de maio de 2011

Vereda: Galletti

Amiúde, e como, travei
Batalhas em campos sem ver
Como simples caça eu fui
Da amazona que enfega meu posto
Fosco, na flecha que me beija

Agora quero que me veja, deste jeito
Pois eu sei quanto lutei, peito
Na digestão, como o amido, já na boca
Na palavra solta que te cobre como roupa

Ah louca,
Vida pouca!

Como roguei o fim nestes mares
De lágrimas catárticas, derramares
Pra lavar hesitações. Monções
A âncora emocional, ó minha nau
Proa ou popa, me reme, me leva
Que no farol de seus delírios
Eu já não vejo mais treva

Terra à vista, então se cumpriu.
E o Halley, lá de cima, me caiu
Na transitoriedade que se inflama
No fogo que a verdade derrama

No dia em que deixamos de ser ensaio
O sétimo dia do mês de Maio

5 comentários:

Victor Coelho disse...

Destinado à quem já sabe que é dona deste poema!

Anônimo disse...

ki bunitu!!!!!

Anônimo disse...

bonito

Unknown disse...

E se riem Vinícius, Pablos, Victores... Lúcios? rs

dai disse...

"O dia em que deixamos de ser ensaio..."