quinta-feira, 30 de junho de 2011

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N                  m o                    r n                    r m                    a r  .
    o           r           r           o           o          o           o          m             .
        m a                   a m                    a m                    r a                      .

segunda-feira, 27 de junho de 2011

111

domingo, 19 de junho de 2011

...


né?

?

Por que. Pergunta difícil, quiçá sem resposta. Por que se preocupar então?
Porque eu gosto e porquê eu quero.
Porque, eu não sei. Sim, ou não?
É admitir afinal as minhas falhas, a parte todo o potencial. Admitir que as dúvidas estão aí, pedindo pra serem colhidas, para serem cultivadas.
Para frutificarem. O porquê no fundo é a única certeza. Tá.
Mas por que?

sábado, 18 de junho de 2011

Perdão, Meu Amor

A multifacetada.
Rege nossa orquestra
Idiosssincrática.
No coração, tudo o que precisa
Cala, se necessário,
Na convicção do ser
E não teme disparar
A arma que destrói
Constrói, condói
Meus mundos raimundos
Tão moribundos (como sói acontecer)
Na saliva seca para te ter
Na espera do que conduz o viver
No gosto da boca de quem te sorri
Na voz que berra e não se deixa ouvir
No borbotão das emoções
Nas minhas precipitadas conclusões
Nas anedotas sem graça
Nas minhas velhas pirraças
Consente com artéria corrente
Fervente, na idéia descrente
No brilho do olhar contumaz.

E não é que a filhadaputa
Sabe o que faz!

quinta-feira, 16 de junho de 2011

S de SAdia

"A gente só não se fode mais... porque não somos nem viado, nem desdentado, morto de fome ou sem-teto, mas isso a parte, é só mandiocada!"

Quando qualquer barbante é corda.

domingo, 12 de junho de 2011

Sonho, Sangue e América do Sul

Corre menino!
Pois nos teus olhos já não vejo mais o brilho
Corre menino!
Enquanto tuas pernas aguentarem o martírio
Corre, menino!
Que o teu mundo já é essa goma de mascar cretina
Que a nossa liberdade, adiante, já dobra a esquina

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Ao telefone




Eu te amo! E o telefone ficou mudo do outro lado. As espiraladas linhas metálicas não pareciam ter suportado tamanha descarga. Nessa hora então as sinapses todas trabalharam como loucas, desenhando milhões e milhões de universos possíveis. Em cada um, uma diferente possibilidade de reação.

Num primeiro, o tiro saiu tão quente pela boca afora que ao chegar ao ouvido dela foi motivo de espocar de um tímpano a outro. Por isso, ora, a incapacidade de responder e o silêncio que nunca mais se poderia quebrar.

Universo paralelo: tanta emoção não caberia em coração alheio e assim sendo a amada amante cai ao chão, estando o seu cavalheiro sem poder lhe acudir, a uma chamada de distância. (Num universo mais ao lado do paralelo, o pobre Romeu vê seu próprio peito, agora vazio do amor maior que ofertara, morrer à míngua. Ficam assim as duas linhas ocupadas pra sempre, intrigando peritos criminais, telefônicos e físicos, quantos!).


No entanto ali estava ele. Depois de rápida passagem por cada janelinha (e em nenhuma vendo pauta diversa da difusa pausa) resolveu tentar de novo. Parecia afinal que aqui no nosso mundinho, tão mais sem graça que os outros, simplesmente não chegara a oração aos ouvidos castos dos Cuidados do nosso peregrino. Resolveu arriscar de novo: -Eu disse “eu te amo”!
É, eu sei-disse ela- mas o que dizer prum “eu te amo!” que não tem resposta?