segunda-feira, 4 de julho de 2011

Pequenas notas para o amigo que não está

De longe não posso te dar meu sorriso, ou escutar teu soluço. Nem posso dividir contigo a desolada certeza de que no fim estamos todos sós.
Maltrata o teu desterro, na mesma medida que tanta alegria já me destes tu.
Hoje estamos distantes e há dor pelo mundo. É certo que essa dor estará sempre lá: tão certo quanto o eu estar sempre aqui. Mas hoje meus olhos não divisam tua cumplicidade e sinto estarmos bem sós. Não podemos sequer dividir nossos ais (como se sabe, solidão partilhada é solidão repartida).

* * *

É certo também que amanhã teremos novo Sol. De tanta coisa duvidosa nesse mundo estranho, impressiona a franqueza daquilo que é certo. No amanhã, pois, novo Sol. E com ele a ciência de que mesmo estando ainda longe, tudo estará no seu devido lugar.

Um comentário:

Felipe Seu disse...

Meu querido, esse é você, muitíssimo mais que um amigo. Paris tem a cara dum fucinho de outro - vitor e egito.
Sábado estarei de volta~!