quarta-feira, 17 de agosto de 2011

O Sustentável Peso do Ser

Olha só esse cara que miro no espelho
Ostentando o erro crasso do amor fati
Sem o sabor do sofrimento, açodado
Amando o destino seja como for.
Sou eu mesmo quem vejo alí?
Ou apenas um retrato de meus pais
Que por suas vezes, cópias de seus pais?
Cópia da cópia da cópia da cópia...
De um universo que me copia
Com o peso, na ausência da leveza
A não-leveza que me toma razoável
A não-liberdade que me prende
Na finitude perante o infinito
Na compaixão, no eterno retorno
Porque eu sou o louco que volta
Para fazer tudo de novo
E ter ver nua com esse chapéu-coco

2 comentários:

Anônimo disse...

aaaaaaah mlk

Mademoiselle dans les nuages disse...

Ótima leitura da insustentável leveza do ser!