segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Coro


Porra e como eu gosto!
Mas que coisa é essa que nos aflige? Tudo quanto é ser do-ente se vê, sem querer, assim, incurável. Atrás de soluções para problemas criados por si próprios. Vestindo cicatrizes por medo. Procurando vacinas em nossos gritos.

Voa, filho da puta, voa!
Já quis estar do outro lado para chamar o vício, pecado, e me censurar por amar-te.
Ora, mas que aflição é essa? Ontem já foi presente. O presente que recebe, sucedâneo, novas asas de anjo. O pretérito imperfeito, halo. E o futuro do pretérito que se consome manto.
Ah, querubim maldito! Arrasta-se por não querer voar. Fita com o olhar algo que te é invisível. Claudica em suas conclusões e faz de um momento, abismo. Criando luz aqui, enquanto a escuridão devora todo o resto.

Se o que toca só atingisse a si mesmo!
Num gole de vaidade embriaga-se e encontra a linha tênue entre os seus martírios e sua felicidade. Mas por certo, tropeça, nesta mesma linha, incidindo em novos ápteros, numa sarjeta coberta de penas, já se abrigando - com os seus membros alados - contra os conseguintes que vêm a cair.

E olha que nem são feitas de cera.
Nesse enleio de tantos conflitos, nesse préstito para o fim da esperança, protele os teus passos, certifique-se da circunferência. Pois o mais pacato torna-se fera quando se encontra direção.
E vá com o que ainda te sobra de força. Pois talvez, você me encontre no meio do caminho, sorrindo, por ter perdido totalmente, asas e lucidez.

Um comentário:

Anônimo disse...

massa