terça-feira, 1 de novembro de 2011

Reconstitui-se.


Roubando de si mesmo.

Ora, por que não roubar de si mesmo, então? Nesta última e possível sinfonia de modernidade: Plágio, ao invés da criação. Plágio de si mesmo, retorno eterno (vice-versa), correndo em volta do próprio corpo, ateando fogo contra a própria mente. Nessas conversações e guerrilhas consigo mesmo, poderíamos desalojar nossas falsas certezas?! Sim. Roube de si mesmo e investigue-as se puder, até cansar. Se não sustentar, caia! Até conhecer a dor de perto, pois somente quem caiu pode contar os infortúnios e os perigos a que se encontram expostos - O momento da queda.

Subvertendo.

Surge! Urge! Grita! Ao invés de buscar as formas puras expressas numa única idéia, atente-se para as miríades de detalhes da sensibilidade; ao invés de buscar contemplação ao sol, divirta-se com as inúmeras possibilidades do teatro de sombras no interior da caverna. Eis que a subversão toma-lhe a existência do alto, distância vertical da ironia que insiste essa absurda hierarquia, e apreende novamente em sua origem. A ironia eleva e subverte; o humor faz cair e perverte.

Observe que ela, pobre subversão, está de joelhos diante o cogito da mercadoria. Ela se sente pequena - já sabemos - e tão só diante de tantas outras potenciais alimentadas pela promoção comercial que se apropriou dos termos "conceito" e "criativo". Por fim, se ela chegar a morrer, pelo menos iremos rir. - O momento da análise.

Era uma vez...

Um criminoso que disse em um momento de grande transcendência contra a própria vida: Uma vida não contém nada mais do que virtuais. Disse ele que a vida é composta de virtualidades, acontecimentos, singularidades. Seria esta?

Criminoso este que modificou a forma de analisar o desejo, de pensar, de (pós)estruturar. Ainda acredito nesta verdade, neste legado, por mais platônico que possa aparentar (blé). Haverá um dia em que não irei destruir tudo de novo, eu sei.. Mesmo que martelando posteriormente pelo apêndice do erro irei avaliar o seu belo busto de bronze, contemplando a beleza em seu mais íntimo refúgio.

É tudo o que desejo. O caos reforma a ordem. - O momento da ressurreição.


4 comentários:

Uriel Juliatti disse...

PS: O amanhecer é uma homenagem a todos aqueles que estão na batalha.

Unknown disse...

Obrigado Uriel! Subversão de si mesmo!

Anônimo disse...

Toda destruição dá lugar a uma nova construção.
...esperemos o futuro próspero...

Uriel disse...

Essa inquietude que de malandragem não tem nada..