sábado, 31 de dezembro de 2011

2011 FOI UM INVENTO, MOVIMENTADO

Hardcore, dead fish, cerveja, sexta feira, comidas feita pela carol, rock na varanda, sangue e partida; decisão, choro, alma, ódio, declínio, maldito, fome, perda, ganho, volta, amigos- irmão, gozo, fraco, formatura, transgressão, escritos poéticos, escritos amantes, escritos chacotas, escritos opinião, bem ao novo mote de inspiração, ao admirável mundo novo: mundo advindo do malandragem, essa nova divindade poética, unindo amigos pelos poros cansados de suar por esquinas displicentes, não poderíamos deixar essa fase passar, sem o registro lírico de nossas gavetas.
Ferido, mordido, mãozinha, rabugento, pé sujo. Louca, desvairada e com fome de tudo; amores físicos, amores crentes, amores tolos, amores virtuais, amores fortes... amor que faz um blog.

2011.. vai tomar.. Abrah.

Sem palavras pra 2011

sábado, 24 de dezembro de 2011

Espaço "Johnny Depp"

                                                              Feliz Natal!
                                       São os votos do Malandragem Inquieta!

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Sobre a Chegada



Ó beleza que se esconde atrás de tantos nãos!

Sabe, às vezes é tão louco que não sei dizer da hora que invade e patenteia tudo: nome, corpo, antro, o entro, o mundo.
A expressão "foda-se" pixada em meus muros. O "enfim..." escorando a minha porta.
Não concluo nada além do toque, não concluo nada além do nós - sinédoque para falar de vida.
Margeei conceitos, esperando, a fim de intitular nossa história. Porém, diviso agora que as melhores não possuem título. São aquelas sem sobreaviso, atavio. Aquelas histórias que vêm, sem roupa, contar, dizer do que é feita e deixar com gosto de mais uma vez.
No soslaio - garantindo-me - quero saber como andam teus pensamentos, como anda o teu sorriso - se amarelo dos cigarros ou da dúvida de teus permeios - onde andam teus pés.
Na tua voz, o cheiro da saudade vem fremir-me desde a menor parte da matéria. É o arrepio de uma certeza que não sabe se certeza é. Mas ela vem, feito vontade de comer, feito fatal.
E no gole de nossa discussão sobre as vãs razões de um futuro, não nego minha sede. Mas dormiria aqui, no bastião do teu olhar, seguro desta noite e do que se fará a aurora.

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Quando mesmo?




Como bichinho arisco foges, felicidade nossa. Ora, que esperas? Invitações formais? Um R.S.V.P para V.O.C.Ê? Deixe disso, meus carinhos!
Se o tempo que nos espera, no curto de seu viver, se consome no lento cozinhar desses mal ditos caprichos. Falta ciência? Nisso não creio, paixão.
Mesmo assim, por mais tortos os nossos destinos, teremos sempre a manhã. Não faltaraão negações, dúvidas ou anseios.
Na surpresa, nossa única certeza.
Sempre no entanto amanhã...
Diga, você, vale a pena?

domingo, 18 de dezembro de 2011

Ama(dor)


Sandice cúmplice do ar que eu respiro, vago destinos sei não.. amar a derrocada, esperando sua vez mais cor e brilho nesta confecção de lugares, em mortes vivas, ainda ginga no precipício mais perto do onde amar a contento é viver no mal tempo. Vejo sua lua longe deste mar, loucura viverá. Sem alma não existe gritaria própria, estes fins para o autor, é meio (alternativa) encontrado, por necessidade ele deseja viver, opaco e gélido; perdendo a cor; sem suor... caiu a sua última lágrima, sem saber que é nada, surtiu um imenso efeito agora.

Escultura barroca, redonda fálica, perdida no tempo, agrada aos que passaram por tudo ou nada volto ao mesmo ponto, perto do que me faz ver e obedecer, o mais qualificado sermão de sorte. O cachorro da esquina vai te morder, posteriormente, mijar em você.

Hospício

De tudo que é vida e são, somos nós os donos da loucura?

O que é isso que vejo refletido no que a luz projeta para mim senão a sombra de algo que sobressai, atrai como ímã, vigora por todos os espaços e canta maldito por todo este ser?
O que é que me faz escopo de uma soma de covas rasas? Que me lambe a face fria de olhar distante? O que é?
O curso d'água é imprevisível - insípida, mas tem olor, corrompe e alivía a sede como nenhuma outra coisa - e o barquinho de papel - essa nossa frágil certeza - não tem direção.
Acho que isso vem um pouco do moço instante que pari sempre o inesperado e se aproveita da força que têm estes preceitos impolidos, para se ver no altar, batizado, pela mesma água.
Que lei da atração é essa, incoerente, de barbas de molho para o que lhe é intento?
Vem tudo por culpa, por medo? Ou pelo simples fato da vinda?
Parece até brincadeira. Uma peça de mal gosto que aviva o sonho aflitivo de ser eterno ecrã da vida perspicaz. Quando o doido é a comicidade.
Mas vou indo e vindo, no vário da insanidade que sempre arruma um jeito de seduzir.
Pelo simples motivo de ser simples, danço no salão lotado por meus fantasmas, me sentindo seguro por reconhecer aquilo como real.
De rompantes em rompantes me moldo e me vejo louco também. Viajo léguas, em busca de encontrar novamente, para logo depois se ver livre desta loucura. E começar tudo outra vez.

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Sobre a ausência

Direitos de imagem: Yury Aires in: Ensaio sobre a ausencia (www.flickr.com/photos/yurymaori/5971349725/in/photostream/)






O que se tem a falar quando tudo já foi dito? Absurdos. Mas afinal, do que é feita a vida?! De som? Não, não. De silêncios, de espaços (onde melhor se encaixar) e momentos (quando muitas vezes se impor é o mesmo que se deter) a se repetir.





De todas as ausências, aquela presente é a que dói mais... no toque velado de sua mão fria é que minha espinha quase congela e arde cada átomo, cada fração de tempo. É como se estar Zumbi: dotado do mágico poder da inércia.





Parece a amputada perna do "herói" de guerra que insiste em se coçar. Dói. Não devia, mas ter você aqui dói exangue e silencioso como um câncer.





Sou eu Senhor de coisa alguma, na doce liberdade de sua caverna - onde estou preso - imóvel. Sem futuro ou passado há somente a cela dos selos (sete?) feita com c'os tijolinhos amarelos desse dia que teima em nascer. É, melhor quem sabe não se abster.

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Mais direto




Ontem perambulei pelo mundo cristal grafitti, cercado por boates vitrines, entrecostado por estranhas condições existenciais, no centro da mazela existia um samba, chamado regional, no entanto, cercado por uma região de sinergia superficial, diga-se nobre, cuja a repetição genética em massa encontrada, faria qualquer Aldous Huxley gozar. Todo aquele povo, saindo das casas com som, realizados pelo visto social escalafobético, pareceu um tanto quanto fascista, como de costume.
O coração do evento era formado por uma roda de samba, cercado por membros do coletivo  "indie agora é samba", anti-mofo e jovens libertinos com um pouco ou muito mais potencial, entretanto perdidos; sem destino.
Eu e meu amigo pensamos sobre o contraste que saltara aos nossos olhos, vários exemplares de vida a viver, comprovaram nossa teoria; como é difícil ser humano em vitórinha.

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Indie agora é samba




Sem sentido, alto alívio, gradativo, non sense libertino
criativo alpinista de buteco, dadaísmo utópico, caralhismo
esmo abismo, quase tudo umbigo, alveja alma
sem riscos, avatar do palpite, vendo TV maldito
abre esse disco cheio de rabisco, antigo, mais bonito é tim maia
na zilda, samba com barata faz meus dias que arrisco maconhismo.
Arisco, bunda mole convicto meio fictício, far-se-á obelisco.
Nada disso parece, és mais que isso.
 

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Estóico

O banquete dos deuses com melancias de Kahlo

Abrirdes os caminhos, meu destino. Dardes com fogo o sabor de tuas investidas. Abraçardes com espinhos no tenro de teus lençóis. Condecorardes, na tarde cinzenta, com a recompensa dada por epopéias de grandes heróis.
Não desbravei mares em busca de leviatãs, nem labirintos por minotauros. Mas vivi, breve, titã, guerreiro de escudos descidos e de armas encostadas para desatinar-me em ambrosia divina.

                                                                  ***

Tomando outras metáforas, como referência, tentando ser mais claro; me senti libertário. A garganta que grita "Porra!". A ureta que ejacula "Liberdade!" em seios, bundas, pernas, bocas. A revolução das loucuras educadas pelo surreal. A resistência frente a opressão dos suspiros indissolúveis. A overdose matiz na matriz da resolução monocromática.
Eram massas tentando se unir no espaço enquanto falo, declamo, calões na catarse do caos tântrico.
E as roupas que sempre cumprem seus papéis contra o que é fato, são exíguos amontoados (montanhas) agora, tentando esconder o espetáculo da fome pela carne.
A saliva, ablução. É batismo que encerra pecados.
Aqui, o coração, só bombeia sangue pelo corpo, pelo vício e pelo exato.
Pêlos, peles, dentes, línguas, unhas, cheiros: vedetes, deveras, de um sopro inato.
É tentar agarrar o tempo com as mãos e se esconder por debaixo; na lascívia perene dos nossos atos, na aguerrida e lacônica paixão de nossos beijos.

Seria Rivera, Kahlo e Felix na consolidação de seus desejos.
Seria Zeus, Sêmele e Hera no fulgurante arbítrio da volúpia.