domingo, 19 de fevereiro de 2012

Além e a partir do nada.

C'est l'amour qui chante.

O acéfalo vive: Um ensaio sobre a ironia.

Sabem como é, vivo dois legados: A pseudo filosofia e o pragmatismo. Escolhi a segunda como parte da minha vida, onde vejo Cálculos, Teorias da Computação, Álgebra e combinações lógicas e binárias. Tudo muito prático, onde depende muito mais de abstração do que introspecção. Não preciso jogar com palavras, nem dar voltas em um Aurélio para soar erudito: Apenas números, combinações e decisões lógicas. Nem é bom confundir com a razão - esta que eu e você podemos devanear ou teorizar sem ao menos ter lido um livro na vida: Viva à Wikipédia! Acidez a parte, pois é dela que estou falando, vamos a nossas discussões novamente. Resolvi sair um pouco da minha rotina saudável de programação e desenvolvimento para alimentar esse blog com algumas provocações:

Este é o único espaço onde consigo manter a minha pseudo filosofia viva.

Absurdo.

Durante muito tempo tentei entender o fenômeno da vida - desde o absurdo do existir até última gota do que nos exemplifica como essência - e demorei muito para aceitar o único destino que todos nós temos em comum: O encontro à morte. Em meio às tentativas de burlar o inevitável - e aquele bom e velho papo materialista de tentar estar acima do óbvio, dialético, cíclicamente (clinicamente!) cansativo - não suportei o peso de enfrentar a matéria e estou aqui - ora ontológico, ora niilista, para compartilhar essa conclusão:

Que devo agradecer por tudo que essa manifestação energética, tal como chamam de vida tem me oferecido. No mais, agradecerei diariamente por estar vivo, por mais desnecessário que possa aparentar para todos vocês. Na verdade, me cansei do pior caminho: das figuras materialistas, de olhar para baixo, da culpa, dos jargões, de vestir o rótulo, do niilismo passivo, da filosofia barata da crítica e da ciência positiva - afogada e enforcada pelo recalque e seus complexos de édipo, dos pequenos Ches e de qualquer "Estatificação" do ser - se é que me compreendem, dos pequenos "Eus" - e este último detestável - já dizia Pascal. PS: Não! Não é a linguagem de programação..

Uma nova velha razão.

A vida não pode ter vindo de uma explosão, não posso ser um acúmulo de acasos - pobre Antoine de Roquentin. Se fosse daqueles que acredita em uma sucessão de acasos, deveria pensar duas vezes antes de emitir uma palavra sequer - seria ela acaso ou é baseada em algum raciocínio lógico? - Se realmente acreditasse no acaso, seguiria esse caminho: transformaria minha razão em absurdo. Acabaria por assassiná-la e "quando se compreende isso, o estômago começa a dar voltas: É a náusea! É absurdo que tenhamos nascido, é absurdo que morramos". Mais uma vez: pobre Antoine.. Sem tem razão, a filosofia é uma sobrevivência ideológica que não tem mais qualquer razão de ser e de que é preciso se libertar.

Mais uma vez: Me liberte!

Nenhum comentário: