quinta-feira, 22 de março de 2012

Velho Onófre



                                                  Aqui, qualquer jogo vira clássico
     

Quando via no céu, descendo das estrelas de um lugar escondido com pouco brilho, encostados nos grandes centros de TV, cultura, economia e arte; meio apagado pelo tempo, barrigudo, artista do desbunde, do lsd antigo, da marofa caída, mastigado pelo novo, encontra abrigo num berço carente, abrigo este, que tem como barbante que vira corda, um anti-mofus, regionalis e bigui bitous, como remédio pra tanta afasia, domesticando o povo, divertindo, suprindo; do outro lado da calçada, um bar fechado por velhas chatas, mais músicos desempregados.
O underground recebe Dead fish, a conta gotas, este público, fazendo analogia ao povo etíope, carcomidos pela angustia e falta de água e comida, esperam pelo perdigoto da chuva para se banharem e beberem, assim como o capixaba espera por um novo velho vanguardista, escondido, apagada e meio repetido... voltar, para assim, nos deleitarmos, unidos, de mãos dadas com a sua divertida arte derrocada irei amar.

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