segunda-feira, 16 de abril de 2012

Samba de (Ama)dor

Assim, como do nada, tal Terpsícore, fez-se a figura dançatriz. (Re)trato, beijo pregado na cruz do meu movimento. Essência de um querer perdido em avenidas profanas.
Presente: alcunha da vida arredia que faz do fogo primazia. Tentativa do pé do-ente.
É cordão que amarra a mim. Nêga que tira uma nesga do coração quando samba assim.
Deísmo; criadora de um universo que me deixou para tratar, sem canto ou tamborim, no impulso que pulsa o batuque do meu penar.
Me faça, então, verbo, ó divina inspiração! que no sapato, cadenciado pelos acordes da viola e a invariável do teu olhar, eu vou.
E por fim, me desperte num compasso, pois te ver foi um samba tão comprido que precisei de muitas noites para sambar.


Um comentário:

Unknown disse...

Agora pare, ordinária!