quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Fado e Tango social.


O jovem Alpatico ansiava por inventar novos rumos, outro futuro, pequenas portas lhe esperavam, mesmo assim ele reagiu, começou com atitudes invariáveis no tempo. Sentado na janela, a contento, pensando no desdobramento perfeito, quieto, não sabia, aquele seria o passo para o invento. Tratou de observar os tratores barrentos que adulteravam estradas e monumentos não oficializados, observou os arredores intrincados, com aparência velha e caída; toda bela arquitetura era largada. Depois de um cigarro, entrou em contato com a energia que restava, visto que auto conversalhava-se, pois precisara de um motivo para não perder o foco, este era seu último cartucho para o nascimento de uma nova vida, sem passar pelo setor inseridor de rótulos eminentes. Sobrevoou o vulcão, quebrou canos, fisgou peixes, abriu buracos, viajou o mundo, cagou na laje, sobrecarregou o próprio fígado, perdeu dinheiro, gastou a retina e recebeu novas missões. No entanto, com 24 anos, pediu para ser sacrificado, descabeçado mesmo. O outro amargo observa ,que a cada dia que passa, Alpatico se parece mais com aquela arquitetura morta, velha e caída; que os tratores passam, respingando barro em suas caras em uma inércia sem fim, contudo, inserido no mundo ordeiro, eis o cordeiro.


Sinto o suspiro fático das vias vidas sofridas, ao par, em tantos momentos de sofismo, pouco desespero.


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