domingo, 11 de novembro de 2012

In vino veritas est

Isso porque não temos...

Sempre achei saber da história, marginal à sina de velhos declamadores em balcões de bar. Saber das vidas contadas na aclaração dessa minha existência fátua, mise-en-scène, vivendo para colorir o meu sangue ralo. Homo sacer fugindo das leis do homem e de deus.
Como qualquer romântico, piegas em sua maioria, verso meus anseios pela mulher que me toma errante e me lança ao brio. Procela para os meus barcos em calmaria. Revela que toda a minha certeza não passa de um prazer lacônico. Como uma música que fala sobre coisas ruins e eu associo a sua soturna beleza aos meus melhores dias, você vem ser o paradoxo, vem com a tua sedutora indecisão ser decisiva. A redenção do pecador sem o martírio.
É que nessa voz tão cansada venho ouvir meu nome mais uma vez e sei que quando não de palavras me dou, nada sei dizer. Mas nesse e desse nada, niilismos à parte, vejo mais que tudo.
E que falem pelos cotovelos, até mesmo pelos joelhos se quiserem. Mas numa hora incerta, quando os ponteiros não disserem qualquer coisa, tirar-te-ei uma gargalhada, pois é ela quem aplaca a minha bomba coração.
E o meu hálito quente e mau cheirando à bebidas dirá tanto em tua nuca que os pêlos se eriçarão como se à procura da verdade que acabara de passar por alí.

E a história, sabe? Vai sendo o que você me contar.