sábado, 11 de maio de 2013

Agente equilibrado.




Peixoto foi curtir o carnaval carioca, gostou das pessoas, animou-se com a cidade, perdeu-se nas ruas fantasiado de bate-bola, vibrou com os concertos voadores, palavras de incentivo, cerveja espirrada e sorrisos saltitantes. Parou na esquina, realizou- se urinando; curvou-se, na espreita, por uma bailarina comediante, com um algodão doce em suas mãos. Desconfiou das falácias de um homem sóbrio, pediu a mão para levantar-se da rasteira que recebera, não foi nada, disse ele. Perto disto, vem uma onda, ele não impede que a mesma o leve para o caminho do ameno e sensato equilíbrio, sem estas calçadas mijadas, sem esse cheiro maroto solto, sem as conquistas vazias, sem desperdício necessário.
O mesmo homem que se mostrou valente, se torna o peso morto de outros tempos, perto da estrada infértil deve seguir. Descontrole é infame, inimigo da resignação de outrora.
É perto dela, na fila, na chuva, em uma casa ou naquele quarto úmido, morada anárquica da velhice solitária, encontro-me com as toalhas sujas que secam essas lágrimas jovens e caídas.
Longe do carnaval, Peixoto volta pra vitória, honesto, febril e cult. Bem-vindo, parasita da desordem, tomemos outro drinque para celebrar.

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