quinta-feira, 2 de maio de 2013

Paulicéia



É que Narcisa acha feio o que não é Espelho



  O beijo frio da grande metrópole me arrepia a pele. Me contraio até estar pequeno, contrito, compacto.
Submissa vadia, contorcido ante o peso de tudo que me é estrangeiro. Sou vadia mas gozo, entre a Paulista e a Virgem da Penha.


 Penha = Pedra

 Vadia = Rei

 Afinal, que rei? Tão diminuto e aqui fora tudo oprime. A arte do que é santo, a força somada de um povo ambicioso e curvado diante da cruz de quem almeja o ceu. Povo bruto que de fato nem percebe a alma que tem  - doces bárbaros. Um homem de preto passa displicente a despeito dos discos voadores. Ali pra frente , só o pó. Saudades de estar de preto.

 Luzes viajando na velocidade de uma esporrada e nas ruas, línguas ardem sem que se possam compreender. Poetinha. Poe. É... tinha. Fraco.

 Magnífico espetáculo, e eu, merda, não capto tudo. Nem jamais captarei. Indolente, então, ilhéu e preguiçoso, deixo isso aos que me seguirem.

Olhando o "jardim" do Patriarca foi que percebi.


Pessoas já disseram tudo o que havia de ser dito. O que dizer além de tudo isso? 


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