sábado, 16 de novembro de 2013

De 1927 até o fim.

                                                    
                                                      " Fervor, tremor e outros souvenires"



O jeito solto não combina mais com ele, aquela ânsia de sempre colocar a escova perto da pasta soava como um TOC.  Quando estavam longe era foda, era o mesmo pavor que sentia em momentos de insegurança em um lugar estranho e barulhento. Por via das dúvidas, sempre colocará o celular em estado de alerta permanente, pois sabia que com o enviar de mensagens sua dor era amenizada, suas células respiravam; era como um analgésico potente, algo como morfina, ou aquela dose que deixa a boca dormente, com lábios caídos e insensíveis, pronto pra ser obturado.

A culpa que sentia era tamanha, que o homer (hombre) não conseguia mais grudar o ânus quieto em uma cadeira, a mesa de bar era como um câncer maligno que separava os seus pezinhos grudadinhos com de sua amada.

Como classe dominante, detentora dos meios de produção, esfinge da produção econômica, rica em proteína. Em seu (in)verso encontra-se o proletariado, pastoso, serviente. Culpado por escola e religião. Maltratado e submisso, no entanto, imensamente criativo e multicultural. 
No conluio desta tendência, pega carona a incoerência coexistente de viver e sobreviver, vivendo o sol, convivendo por essas chuvas, transmutando, perdurando, irritando, destruindo e construindo tudo de novo.
 

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